COFUNDADORA
MADRE MARIA

Helena Stollenwerk, conhecida posteriormente como Madre Maria, nasceu no dia 28 de novembro de 1852, numa aldeia do Eifel, na Alemanha.
A infância foi marcada pela morte de seu pai e pelo cuidado com seus irmãos surdos-mudos. As leituras sobre as missões em países não evangelizados tocou Helena profundamente.
Aos 14 anos foi nomeada promotora da Obra da Infância Missionária de sua paróquia. Sentia-se profundamente atraída pelas crianças pagãs e abandonadas da China, a quem procurava meios para ajudar.
Aos 16 anos descobriu que através da vida religiosa poderia alcançar sua meta. Durante anos procurou por uma congregação missionária. Como a Alemanha vivia tempos de perseguição, Helena precisou esperar.
Quando Helena foi a Steyl pela primeira vez, disse: ”Eu estava tão feliz como nunca estivera antes. Senti que aqui era o meu lugar e que a missão da Sociedade do Verbo Divino coincidia com o que Deus me pedia.”
Aos 30 anos, confiando mais na vontade de Deus que no conselho de seus pais e de seu pároco, Helena foi para Steyl em dezembro de 1882. Aceitou trabalhar como ajudante de cozinha na esperança de que Arnaldo Janssen fundaria uma congregação missionária feminina, na qual um dia poderia realizar seu sonho de ser enviada para a China como irmã missionária.
Graças à sua fé inabalável, ela pôde suportar o penoso trabalho sem se queixar. E Deus a confirmava com uma íntima experiência de alegria. “Vivo, na Casa Missionária, felicíssima e contente”, dizia ela.
A fundação das Missionárias Servas do Espírito Santo aconteceu de fato no dia 8 de dezembro de 1889. Helena revezava com Hendrina Stenmanns (Madre Josefa), uma de suas primeiras companheiras, a liderança da comunidade. Seu sonho parecia estar mais próximo da realização. A entrada para o noviciado aconteceu em 1892 e Helena ganhou o nome de Irmã Maria.
Padre Arnaldo, em seu ardor missionário, sentiu necessidade de uma congregação contemplativa, que rezasse pelas missões, e fundou as Irmãs da Adoração Perpétua em dezembro de 1896. Como Irmã Maria, além do carisma missionário, tinha uma forte inclinação para a vida contemplativa, Padre Arnaldo, inúmeras vezes, a convidou para ingressar para o ramo contemplativo. No entanto, Irmã Maria sentia-se mais atraída para as missionárias, ainda com esperança de ir para a China.
Reconhecendo ser da vontade de Deus a insistência de Padre Arnaldo, Irmã Maria decidiu passar para as adoradoras e, em 1889, recebeu o hábito rosa e o nome de Irmã Maria Virgo. Mesmo sendo cofundadora da congregação, teve de fazer novamente o noviciado.
Irmã Maria ficou doente e os médicos diagnosticaram meningite tuberculosa. Em seu leito ela professou os votos religiosos como Missionária Serva do Espírito Santo da Adoração Perpétua e, no dia 3 de fevereiro de 1900, faleceu com apenas 47 anos de idade.
O sonho de ir para a China não se realizou nela, mas, graças a Irmã Maria, muitas missionárias puderam ir àquele país anos depois.
Madre Maria foi beatificada pelo Papa João Paulo II no dia 7 de maio de 1995. Sua vida dedicada segue inspirando o trabalho missionário, sendo resumida em uma de suas frases: "Quero colocar toda a minha vida a serviço do Evangelho".